DENTRO DE TI
Dentro de ti cabe o mundo.
Cabe tudo.
Cabem todos os amores plausíveis e os ódios possíveis,
a consistência da alma e a essência do corpo.
Cabem as poesias de Drummond,
os romances de Hatoum e as palavras do Machado,
as letras do Chico,
cabem Neruda, Dostoiévski, Garcia Marquez e Joyce.
Cabem as distâncias entre os amantes,
as visitas dos desconhecidos
e as paixões devaneias dos poetas;
as riquezas dos pobres
e as pobrezas dos fortunatos.
Dentro de ti me cabe.
A contemplação da compaixão
e as imperfeições dos sonhos
também cabem;
as mais belas melodias,
as harmonias da natureza:
tsunamis e marolas.
Cabem os sonos desatentos e os passos incertos,
os destinos corretos e as sinas perdidas...
E os nossos olhares.
Dentro de ti me cabe.
Em ti cabem os meus desejos,
todos os que vão e veem,
todos que foram por aí,
e os infinitos que hão de vir.
Cabem os meus esquecimentos,
as dores do mundo,
o olhar triste do palhaço,
as esperanças dos perdidos,
os medos dos competentes.
Cabem a contradição vulgar dos beijos,
as rosas cor-de-rosa,
os teus vestidos e eu os censurando: meus toques,
as janelas abertas, as portas fechadas,
os meu voos, a tua consciência...
Dentro de ti
cabe o mundo e me cabe,
e ainda assim, te cabe.
Dentro de ti cabe o mundo.
Cabe tudo.
Cabem todos os amores plausíveis e os ódios possíveis,
a consistência da alma e a essência do corpo.
Cabem as poesias de Drummond,
os romances de Hatoum e as palavras do Machado,
as letras do Chico,
cabem Neruda, Dostoiévski, Garcia Marquez e Joyce.
Cabem as distâncias entre os amantes,
as visitas dos desconhecidos
e as paixões devaneias dos poetas;
as riquezas dos pobres
e as pobrezas dos fortunatos.
Dentro de ti me cabe.
A contemplação da compaixão
e as imperfeições dos sonhos
também cabem;
as mais belas melodias,
as harmonias da natureza:
tsunamis e marolas.
Cabem os sonos desatentos e os passos incertos,
os destinos corretos e as sinas perdidas...
E os nossos olhares.
Dentro de ti me cabe.
Em ti cabem os meus desejos,
todos os que vão e veem,
todos que foram por aí,
e os infinitos que hão de vir.
Cabem os meus esquecimentos,
as dores do mundo,
o olhar triste do palhaço,
as esperanças dos perdidos,
os medos dos competentes.
Cabem a contradição vulgar dos beijos,
as rosas cor-de-rosa,
os teus vestidos e eu os censurando: meus toques,
as janelas abertas, as portas fechadas,
os meu voos, a tua consciência...
Dentro de ti
cabe o mundo e me cabe,
e ainda assim, te cabe.