Sem ti não existo

Diante ao abandono teu, não existo.

Cansada do tempo de espera, entro em

Desespero.

Hesitante, flutuam e se desfaz ao sabor

do vento, as minhas lembranças...

E em ânsia tortura-me o pensamento.

Na extensão infinita do mar, iam-se

nossas lembranças...

E sem ti, se perdiam no meio às ondas...

As esperanças.

Tornava-me o semblante amargo o que

antes era calmo.

Vazio!

Triste era o meu coração

Triste era também, minh’alma.

Na solidão...

Como fraquejo Oh! DEUS!

Olha por mim!

Diante ao teu olhar de aflição...

Como fraquejo aqui de joelhos,

tentando fazer-te oração.

Aqui nesse refúgio natural, tento

Descobrir-me

Nesses ares de areia do mar, tento

Encontrar-me.

Nessa vastidão de mundo contemplo

as minhas incertezas, que se encontram

ou se perdem ali nas águas...

Ali naquela correnteza.