Tuas mãos
Tuas mãos
conchas de afeto,
nelas, meus seios túrgido.
Fruto que se oferece
e se entrega.
Poros e veias dilatam-se,
corpo e sangue
sob a dança ofegante
dos tecidos.
Escrespam-se as águas,
celeiros transbordam,
rompe-se o fruto
no alvoroço da maré cheia.