Tuas mãos

Tuas mãos

conchas de afeto,

nelas, meus seios túrgido.

Fruto que se oferece

e se entrega.

Poros e veias dilatam-se,

corpo e sangue

sob a dança ofegante

dos tecidos.

Escrespam-se as águas,

celeiros transbordam,

rompe-se o fruto

no alvoroço da maré cheia.

laduse
Enviado por laduse em 29/03/2009
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