Gaiola da dor


meu amigo canarinho
prisioneiro nesta gaiola
o seu dono não repara
como e triste o seu cantar
canarinho o seu destino
não e diferente do meu
preso aqui neste quarto
eu canto pra não chorar.

o homem que lhe prendeu
e tão malvado quanto ela
você e prisioneiro dele
e eu sou prisioneiro dela!

quando o dia amanhece
eu me debruço na janela
seu canto eu fico a escutar
com os olhos lagrimando
porque o seu canto triste
me trás lembranças dela
e uma vontade de chorar
enquanto vou recordando.

hoje somos prisioneiros
na mesma gaiola da dor
você por seu belo cantar
e eu por ser um sonhador!

quem sabe um dia destes
o coração do malvado amoleça
abra a porta da sua gaiola
e de a você, a sua liberdade
e se um dia isso acontecer
por favor, voe bem depressa
antes que ele se arrependa
e pare seu voou, pra felicidade.

canarinho... meu amigo,
sinto pena deste predador
que por um mero capricho
privou você do seu amor!


laguna dos Patos: 22 / 03 / 2009
Volnei Rijo Braga
Enviado por Volnei Rijo Braga em 22/03/2009
Reeditado em 22/03/2009
Código do texto: T1499289
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