Meu amor meio Cazuza por você

Já dizia o poeta:

– Nunca viram ninguém triste,

Porque não me deixam em paz,

As guerras são tão tristes

E não tem nada de mais.

Digo eu então:

– Olhar fixo, concentrado,

Quase morto,

Pois um vivo alienado.

E quando te vejo,

Nenhuma outra palavra,

Expressa o que sinto,

Senão desejo.

Sou um grão de areia,

No deserto.

Só um número,

Na sociedade.

Sou fosco sem a transparência,

Da sua presença.

E quando você não estiver aqui,

Cairá meu sorriso sobre a terra,

Subjulgado pela saudade.

E antes que eu possa,

Sentir os seus lábios novamente,

Meu fôlego será ressecado,

Pela distância,

Como o vento frio,

Que ainda corta os meus lábios.

Então me transformarei em pó,

E morrerei para o amor,

Que um dia existiu.

Ykarus
Enviado por Ykarus em 16/03/2009
Código do texto: T1489471
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