FALSA CRENÇA
Em minha vida, sempre
tive muitas coisas para lhe dar,
a partir de um simples
afago em suas mãos, quando
não, eu as inventava para dar
vazão aos intentos...
Se bem contar, soma-se
as incontáveis horas como
confessor, ouvindo as brincadeiras
realizadas pela existência em sua vida.
De associar-me as suas lágrimas,
nem se conta, meus ombros
é que pode confirmar as torrentes
que caíram de seus olhos.
As horas gastas nos curativos
de suas feridas então, foram
longas por demais, contudo, em todas
elas, foram ministradas pitadas
de esperança para cicatrizá-las.
Novas manhãs, todas ensolaradas,
novos horizontes... e um esquecimento
recheado de maldade. Meia volta
por alta recreação, e eis um novo fantoche
provando o gosto amargo de um revés.