AMO-TE

Busquei novos caminhos, novos amores

Fui passional, explodi em torpes queixumes!

Plantei no jardim do amor numerosas flores

E colhi tempestades, frutos amargos do ciúme!

Amo-te, amo-te, vivo repetindo dia após dia

Até exaurir minhas forças e cair no chão...

Componho poemas, odes, repetidas melodias

E caminho sem rumo em qualquer direção...

Quando o sol se põe, deslizo nas calçadas

Embriago-me, tropeçando na própria dor!

Perco-me para te encontrar nas madrugadas

Insana obsessão, causticante dissabor...

Nas profundezas do nada te reencontro

Percebo que o meu amor é uma insensatez

Como ser feliz em meio a desencontros?

Reflito, penso e reajo! Encontro a lucidez...