PESADELO!
*
PESADELO!
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Consegui rir.
Se fosse preciso dizer de que me ria
ou qual o motivo não saberia
Na minha imaginação
apenas se sucediam em repetição
imagens tuas! Soltas
Calmas melodias nuvens turvas
confusas
O meu desejo era dormir.
Sem me dar conta
Já te tinha em mim e sentia a urgência
Em dizer-te “O quanto
e como te amo”.
Abrandei na respiração
Controlei a pulsação e simulei ao relento
Uma chuva de pontapés em todas as direcções
Por fim saí para a rua
Veio-me um cheiro forte a excremento
de cavalo salpicado no passeio
Ofereci socos às portas
Esfolei os nós dos dedos nas fachadas
E gritei numa cólera incontida
De só querer a verdade!
(helenafarias)
25/02/2009