Breve Amor da Lua e do Sol
 

No solar da nuvem púrpura flamejante.
Descansava vagando Lua de céu imponente.
Indagada do que estava a acontecer.
Lua desata em prantos pelo seu Bem-querer.
 
Tristeza infinita tomou posse do seu corpo.
O vagar da Terra em ascendência total.
Premiava triste situação real.
Contaminando Lua, num presente absorto.
 

Depois de aos céus implorar em temor.
Percebi que a Lua sofria de sofrível Amor.
Eclipse que seria sua galhardia de momentos.
Não acontecia... E isso era um tormento.
 
Está mal informada, Lua dos apaixonados!!!
Com Sol ou Chuva, Nuvens ou céu claro.
O eclipse, momento de teu encontro amoroso.
Acontecerá belo... Radiante e Esplendoroso!!!
 
De um salto, feliz não cabia em si própria.
Enfeitou-se glamourosa,  peito a explodir.
Iluminou entre frestas a imensidão escura.
Na ânsia do raiar do dia em plena brancura!!!
 
No momento em o Sol se ergue no horizonte.
O desfecho deste Amor louco e distante.
Numa maliciosa risada de raios insinuantes.
Sol deixa encontro furtivo, marcado adiante.
 
De rogada a Lua não tem nada... e nem se fez.
Rumou ao leito encarnado mais uma vez.
Ao chegar, Sol envolvente... malicioso...
Enlaça Lua em sensual e real cortejo amoroso.
 
O tempo urge. É primoroso, breve, muito breve.
Os céus rompem e num horizonte Multicor!!!
No espaço um girar frenético repleto de ardor.
Lua e Sol despertam do momento outorgado.
 
          Saciados de tão louco!...Breve...          
                   Intrépido Amor!!!