Teu nome e saudade
Amanheci mergulhado na imagem do teu adeus,
Esta separação rasgando a noite em tiras
Marcas amargas que se esfarelavam nos caminhos de areia,
Esta saudade pontilhada de estrelas chorando o próprio pranto,
Deixando o ciúme no flagelo do medo
Tudo foi um sonho abandonado, minha mediocridade
Habitava fantasmas do passado, sem nomes, sem rostos,
Sem lábios, sem frutos do desejo,tudo era impermeável,
Os rochedos desenhavam sombras de mormaços,
Sei que ainda te amo, mesmo que minha alma venha a cair em prantos
Nada ficou nos escombros, o vento varreu as tiras da noite
Açoitando o cais onde se molduram tantos adeuses,
Águas repentinas, correntes arrastadas de marés baixas
Desenhadas de relevos de sol, revelando tua imagem
Nada sei mais do teu amor, somente do teu aroma