As almas  tem trincas de incertezas
As taças de vinho esvaídas à francesa
As bocas mudas, um túmulo em cada olhar
 
A paixão fria de porcelana chinesa
Onde o ardil do tempo teceu com leveza
Fundas ranhuras do seu jogo de azar
 
Eu me pergunto onde teria ido a beleza
Que permeava os sentimentos e a delicadeza
Que molhavam os beijos e nos faziam sonhar?

Mas o ressentimento, essa estranha correnteza
Prende nossas mãos na planície da mesa
Que nos impede de nos tocar
 
No peito, todavia o coração bate sem clareza
Este teatro doído de perdas e ganhos 
O amor ainda vestido de mágoas, espera o redespertar!!



Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 24/02/2009
Reeditado em 06/07/2013
Código do texto: T1454993
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