Entre o Sol e a Chuva
Caminhando sem rumo,
Converso com o Sol.
Dialogo sobre amor, prazer, do cigarro que fumo
e dos afagos derretidos no crisol.
São horas de estrada e de assuntos.
Até o instante em que falo das minhas dores.
Ele fecha as nuvens, para o mundo
em protesto àquela que me deu para beber apenas dissabores.
Suas lágrimas caem em forma de chuva.
Chuva que lava meu corpo, mas não minha solidão.
Sua fúria vem nos barulhos dos raios.
Raios que clareiam meus olhos, mas não meu coração.
Depois da tempestade vieram alguns minutos de paz.
Um pombo trouxe um galho de vida à minha sina.
O Sol ressurgiu com um brilho voraz,
prometendo pôr no meu caminho a mais perfeita menina.