Milagre do perdão
Lembráste de sorrir
mas não esqueceste de partir
e contigo foi a imaginação
que já não se faz sentir.
Esqueci-me das palavras
com que se escreve a poesia.
As minhas mãos são escravas
de uma perigosa agonia.
Não se desatam as angustias
da minha peturbada emoção
e são ilustres, majestosas
as correntes que esmagam o meu coração.
Onde se quebram as forças
e se encontra a razão?
Na luz dos horizontes,
no milagre do perdão.
Lídia de Sousa 24-09-05