Abismo das reticências

Na borda do abismo avistava todo negror

De um infinito claustro, o tempo descarnava as horas

Sulcando as trilhas das almas feitas de prótasio

Enquanto o dorso curva-se ao peso das reticências,

Sorvendo as lineares manhãs de sol , penalizava

O sofrer das folhas amuadas que dormiam o outono

A sombra dos plintos de topázio sobrevoava

Quedos ares com o olhar piedoso diminuindo

A indiferença das profundezas no torvo precipício

Hasteava as almas, sem ulular os uivos que refrescam

O renque penedo, esperando as vagas negras do mar

O vento bramia no plaustro carmesim o sabor dos olhos