Corujas da noite

O luar.

O ar inebriante envolvendo um casal de corujas que todas as madrugadas conectam-se, procuram-se.

Em suas mentes existem incógnitas dessa ânsia, dessa busca, dessa procura.

Porque será?

Não sei. Só sei que a minha pele pede a tua. Que tuas mãos mexem com a minha imaginação.

O que tens para atrair-me para ti como metal ao imã?

Teu perfume instalou-se em minhas narinas e ao respirar me vens pelo ar. Absorvo ao respirar.

Senão ti penso me falta o ar.

O que tens?

Não sei. Só sei que estou a divagar.

Serás que ainda não percebestes como mexes comigo.

Que atiças minha imaginação, faz do meu corpo vulcão pronto para ebulição.

Sou corujinha ao voar.

Vôo cauteloso, pois não conheço teu habitat.

Sou corujinha a sonhar.

Sandra Wajman Gruner

Sandra Wajman Gruner
Enviado por Sandra Wajman Gruner em 18/04/2006
Reeditado em 18/04/2006
Código do texto: T140865