VENTANDO...

Sibilares de eucaristia matizada
Propalam dolentes na ressurreição
Olhar contrista da alma lacrimejada
As coroas de acúleos da redenção !

Oh! Rainha mãe, sopra o orgulho
Do denso véu dos corações irmãos.
Fruto do amor, seja esse o pecúlio
Jorre em cataratas de suas mãos...

Afaste-os do limbo da promiscuidade
Os cegos de luz, carentes de unção
Deite-os no leito angélico da verdade
Agasalhando-os nos lençóis da proteção...

Ilumine sensos, encandeia a escuridão,
Do caminhar em críticas os famigerados
Egoístas, abrolhados no solo desta nação.
Oh! Mãe de Jesus e minha, sou a devoção!

Ungia mãe! O poema que traço, pela criação
No soluçar da trindade , louvo-te com ardor
Que vai no sopro da ventania, a santa viração!
Que meu olhar seja riso, que o eco seja de amor...

Que seja eu um templo vivo a espelhar pregação
Decifrando as parábolas do crente. Clama alma
Enigmas decifrados, nos mantos de sua aparição.
Que ribombe a homilia, nas  bênçãos do poema!

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
16/4/2006



Inspirado em um comentário de Giovana Rocha ao texto Feliz Páscoa!

Obs : Sant'Ana é a padroeira de Armação dos Búzios , cidade que nasci.
Obra de aleijadinho esculpida em madeira.

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 16/04/2006
Reeditado em 17/04/2006
Código do texto: T139969