Quando olhou

Quando me olhou

congelou o sangue nas minhas veias,

fez meu coração parar.

De repente a minha visão estava turva,

De tal modo que me fugia o controle

Assim como a vontade de resistir

Fiquei com medo de mim e de meus atos

me tornei uma rocha e não os demonstrei.

Mas seu olhar invadiu meu corpo

desvendou meus sentimentos

Não consegui omitir uma letra, um som

Quando senti seus braços me envolverem

Segurando-me tão apertado, que faltava-me o ar.

No meio do salão obscuro

Durante noites e madrugadas

Eu sou um movimento sozinha

Mas suas mãos percorrem meu corpo

Me depredam e me remetem a um lugar só nosso.

Olhares curiosos observam a solidão de meus movimentos

E eu sinto você como o mais poderoso vento

Abala meu corpo e em pouco tempo vai embora.

Metamorfose
Enviado por Metamorfose em 22/01/2009
Reeditado em 31/01/2009
Código do texto: T1399150
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