Quando olhou
Quando me olhou
congelou o sangue nas minhas veias,
fez meu coração parar.
De repente a minha visão estava turva,
De tal modo que me fugia o controle
Assim como a vontade de resistir
Fiquei com medo de mim e de meus atos
me tornei uma rocha e não os demonstrei.
Mas seu olhar invadiu meu corpo
desvendou meus sentimentos
Não consegui omitir uma letra, um som
Quando senti seus braços me envolverem
Segurando-me tão apertado, que faltava-me o ar.
No meio do salão obscuro
Durante noites e madrugadas
Eu sou um movimento sozinha
Mas suas mãos percorrem meu corpo
Me depredam e me remetem a um lugar só nosso.
Olhares curiosos observam a solidão de meus movimentos
E eu sinto você como o mais poderoso vento
Abala meu corpo e em pouco tempo vai embora.