NOSSO FRACASSO
Como tudo na vida, o nosso tempo
dissipou-se, agora urge que
encontremos novas quadras para
reaprendermos o que esquecemos.
Ficar sozinho, retorcer de desejos,
sonhar com sonhos que ficaram
só nos planos, e que acabaram
sucumbindo com o passar dos anos.
Quando desenlaçamos nossas mãos, se
apresentaram novos costumes como
percorrer novos caminhos, e o que é pior,
sem conhecermos ao certo os nossos destinos.
Até a luz da lua tem se apresentado com novo
brilho, aquele opaco que nos assistia,
saiu de cena para procurar novos palcos...
Os nossos abraços serão em nós próprios,
os beijos serão do vento, a única coisa
nossa que não sofreu modificação, foi a
lembrança. Esta exibirá nossos fracassos,
é o que tenho mais receio, pois sobre o meu
coração, a névoa ondeia.