AMOR EXAGERADO

Acordei com uma vontade de dizer,

EU TE AMO...

Olhei a minha volta e vi apenas duas coisas um vaso e uma flor murcha.

Então desolada parei e vi que aquela flor estava há dias, meses e quem sabe anos, em um vaso sem água.

Busquei lá do fundo da alma a resposta... E vi.

Eu deixei a flor da alma morrer por falta de solidariedade, por não respeitar a fragilidade de sua beleza expressa no sorriso imaginário de suas pétalas.

Agora, entre minhas mãos, apenas o vazio e a saudade de seu encanto.

Refleti, e em minha reflexão percebi...

Porque deixamos as coisas passarem...

A vida se transformar, as pessoas se aproximarem e tão logo saírem de nossas vidas...

As flores morrem e nosso coração envelhece.

E aí procuramos a resposta em meio à dor.

E me perguntei.

Será que agradamos demais as pessoas, para não irem embora?

Será que queremos acreditar que sabemos amar demais e não as respeitamos?

Mas a resposta é única, somos vida e elas também.

Elas em nossos dias são solidárias e nos respeitam, mas por amor exagerado, acabamos construindo uma redoma de cristal, pensando apenas em nós e em um amor para a eternidade.

Então, num belo dia, vem uma pedra e quebra o cristal e não mais podemos remendar.

Pois o cristal é frágil, não há remendos e aí morremos juntos.

Morremos, por não entendermos que a beleza do amor se multiplica a todo instante, e que precisamos regar a flor com sabedoria da alma, sem deixar murchar a embeleza do amor ao próximo.

Simplesmente por queremos sempre expor aos nossos olhos e não as verdades de um todo sempre, quando aprendemos a entender depois da perda, a mais bela de todas as pétalas de nome, EU TE AMO...

13.01.2009 – 04hs01

Marcia Pereiras
Enviado por Marcia Pereiras em 13/01/2009
Reeditado em 12/12/2016
Código do texto: T1382715
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.