DISTANCIADO

Vi-me cercado por intransponíveis

muros, como se fossem verdadeiros

paladinos, tenaz ao extremo ao manter

a clausura que conquistei sem querer.

Todos, sem exceção, fecham quaisquer

fendas existentes para destruir algumas

esperanças que ainda persistem...

Perdi a conta dos dias que passam,

não sei se é uma manhã ou noite,

se o mar continua sendo

multicolor quando no horizonte.

Também não sei se aquele alguém

que sempre amei pensa em mim,

se me procura, se continua a entender

todos os meus traumas, vividos em

pequenas doses dos meus dramas...

Tenho a impressão que o pouco que

resta do estímulo, se derrete como a neve

ou como a fumaça que se evapora,

não se sabendo para onde vai...

Não carrego dentro de mim desejos

estranhos que contrariam minha forma

de ser, e nem intento martirizar-me, mas,

sinto-me devorado por um sentimento

que vem enclausurando-me entre intransponíveis muros...

Wil
Enviado por Wil em 11/01/2009
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