O tempo não tira você de mim...

A manhã repousa na esperança...

Traz tons azulados de um anjo esperado.

Folhas correm nas calçadas...

E as flores brincam no balanço do vento.

Fecho meu olhos...

Querendo responder para mim mesma...

O que foi que fiz?!

Inventei uma música pra nós

E não consigo ouví-la no teu silêncio

Meus olhos continuam fechados...

O pensamento vagueia em tons entristecidos...

Tua imagem não sai!

O tempo não tira você de mim...

Saudade do teu sorriso, a minha paz!

Éramos azuis, como na profundidade do mar...

Éramos lilás, total cumplicidade no olhar...

Éramos vermelhos, atrelados como flores no bouquet...

Éramos furta-cores, todas as cores...

Jogadas agora pela janela...

Hoje lembranças sangram sagradamente...

Quero entender! Não encontro você!

Tua imagem continua em tons (agora)claros na minha tela

Nossa imagem está se desfazendo.

Juras de sinceridades...

Transparências nas essências...

Tudo em pigmentos esfarelando-se no tempo!

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(( No nosso começo houve mistérios inventados por mim.

Fiz confusão! Te confundi! Entre discordâncias, te atraí!

O teu carinho, a tua sabedoria, o teu dicernimento, a tua poesia, enfim, a tua essência, fez o meu querer te querer!

Enquanto ainda não éramos nós, e sim só eu, e sim só você, comentei o que sentia, e esse infeliz comentário te afasta de mim...

Sem drama e sem remorço...

O mais triste, é o fato de você se trancar e não me dar a chance de explicar o mal entendido! Ou será que não há mal entendido?

Sinceramente, não estou compreendendo o teu desamor!

Não faz assim Poeta das Essências...

Vem falar comigo, por favor!))