O AMOR ENQUANTO INFINITO

No encontro do céu com o mar,

Pôde ver um barquinho a navegar,

Duas estrelas lá no fundo do infinito,

Cintilavam e, vê-las era bonito,

Enquanto quem as via respirava.

Bramia o mar, jogando a água na areia,

Em franjas brancas de espumas,

E bem longe o céu em brumas,

Sinal de que do céu a água chegava.

O andante sem direção ou destino,

Cumpria o rito, sobre a areia sentava,

Os pés fincados nos pequenos grãos,

Lentamente pousa neles suas mãos,

Enquanto seu pensamento voava.

Buscando alcançar a estrela guia,

No obscuro da vida, com sua luz alumia,

Abrem os olhos, em harmonia céu e mar;

Nos confins do infinito sua estrela reluzia,

Parecendo que no plano sideral,

Teos, entre o físico e o espiritual,

Juntos estavam em oração, a louvar.

Rio, 03 de janeiro de 2009

Feitosa dos Santos