Murmúrios nas brumas

O que importa nosso eterno amor,

Se ao cair à tarde exausta fecunda

A alma, abrindo perfumados seios sem dor

Dizei-me teu segredo, quanto teu corpo rola

Abrindo ganância que se consome

Nas águas que deseja, na temerária escuridão

Tenho teu amor, tuas ondas brancas, os sonhares

Em verdes alvar, sem brumas, sem nada

Somente nosso mundo cinzelando de murmúrios