POEMA SAUDADE

POEMA SAUDADE

Mesmo que as nuvens caiam

E o sol se esconda

Mesmo quando um lágrima se solta

Quase triste, quase morta,

O mar ruge no seu coração de onda

E as terras vermelhas de abram;

Mesmo quando os rios fugirem

Da foz para a nascente

Num trocar de destinos angustiantes

E as crianças já não sorrirem

Os espíritos calem os videntes

Ou os cristais mais finos se partirem;

Mesmo quando o tudo é nada

As fontes não brotarem

As flores perderem o perfume

Ao longo do caminho, da estrada,

Os pássaros não cantarem

E o gesto saiba a azedume

Mesmo que o silêncio grite

O mundo pare de girar

Num limitado infinito,

A raiva da mão se agite,

A gota deixe de balançar

No ramo de arvore decrépito.

Os meus olhos saberão olhar

Os meus gestos saberão tocar

Os meus passos saberão andar

O coração saberá palpitar

Os braços saberão abraçar

Porque eu saberei te amar!

Jose Domingos
Enviado por Jose Domingos em 31/12/2008
Código do texto: T1361418
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