Sou Borboleta
Naidaterra
Sou a borboleta que ousou alçar vôo
mesmo sabendo que os ventos não
teriam compaixão da minha fragilidade.
Enfim, minha ousadia não quebrou
minhas asas cansadas, a tentativa é sempre
um bem quando é o coração quem comanda,
sente, suplica e te impele a grandes loucuras...
Pior seria ter ignorado seu nobre
pedido...não poderia mais conter a dor escondida.
Sinto que meu vôo foi em vão...culpa talvez
das minhas asas pequenas, você não as ouviu bater
e um longo silêncio chegou...esperei muito,
mas já vou...estou quase pronta para alçar vôo e
retornar, tentar sonhar outros sonhos ter
outras fantasias, morrer talvez ....voltar ao
casulo e de novo renascer assim, te esquecer.
A minha ousadia na ida teve como parceiros a
esperança, a força e o amor latente, quente...
Aquele que te impulsiona e não há vento forte
que o destrua...mas em vão não achei uma só
fresta aberta para o meu delicado corpo...
Volto sem a ousadia e sem os seus parceiros...
Não há vento que possa me derrubar...
Só não posso, chorar...