Poema sem nome
Há estrelas rasgando mágoas de
um coração atordoado que
reflete dos olhos as lágrimas
que não são estrelas, apenas
águas do rio triste por
onde navega a alma minha.
Na boca que grita a dor
trazida do peito inerte
cultivo nas horas mortas a
certeza inconteste
de sua partida.
Como o dia crepuscular
que furta de minhas
mãos o beijo doce da
despedida e no poente
de oiro da tarde perdida
estamos sós nessa sempre
e constante partida.