Poema sem nome

Há estrelas rasgando mágoas de

um coração atordoado que

reflete dos olhos as lágrimas

que não são estrelas, apenas

águas do rio triste por

onde navega a alma minha.

Na boca que grita a dor

trazida do peito inerte

cultivo nas horas mortas a

certeza inconteste

de sua partida.

Como o dia crepuscular

que furta de minhas

mãos o beijo doce da

despedida e no poente

de oiro da tarde perdida

estamos sós nessa sempre

e constante partida.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 23/12/2008
Código do texto: T1349420
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