Apenas um amor
Hoje, olhando para esta janela sem fim aparente, o passado, descobri a razão de se amar apenas uma vez em toda vida. Olhando estes milhões humanos, tantos e tão diferentes, porém com o mesmo instinto de defesa pessoal. Se levarmos em consideração a plausibilidade da evolução, diria até instintos animais aprimorados. Mas quando nos deparamos com o passado e descobrimos que em certo ponto de nossas vidas baixamos a guarda e nos deixamos apaixonar e fizemos de terceiros alicerces de nossas vidas, e por que não dizer a razão dela, descobrimos que se o amor acaba e somos atingidos no rosto, golpe certeiro em quem baixa a guarda, o ferimento não sara, mesmo que cicatrize, e se aprenda conviver com a marca, a dor ainda persistirá, e persistirá enquanto houver chances de uma nova paixão, para que não haja mais um baixar de guarda nem um novo ferimento. E a alma emudece atônita, sem chão...
O medo de reabrir o ferimento fará deste coração um cavaleiro solitário preso em sua armadura, um humano a olhar pelas as frestas.