MINHA ETERNA GRATIDÃO

Parecem plumas branquinhas,

Que dos picos vem caindo,

Ao sopro de uma suave brisa,

Os morros vestem-se dormindo,

Inverno em quase verão,

Nos céus, relâmpagos e trovão,

Mesmo assim, o Rio é lindo.

Rio das mil e uma faces,

Mudas ganhando a natureza,

No outono és quase inverno,

Uma primavera em pureza,

Mostra tua verdadeira cara,

Seja Elis, Leila ou Nara,

Terás a infinita beleza.

Por ti eu me apaixonei,

Ainda quase um menino,

Descobri tuas belezas,

Nas trilhas e, serras subindo,

Natureza quase intacta,

Hoje, tudo te maltrata,

O teu belo está sumindo.

Meu coração não suporta

Todo esse maltratar.

Do povo que aqui acolhes,

Como mãe a aconchegar

Os filhos nem sempre pródigos,

Línguas cifradas, em códigos,

Não creio, ser isso amar.

Rio, 21 de dezembro de 2008.

Feitosa dos Santos