leva-me

doces e ternos são teus olhos vida

de um azul sereno sem nuvens

ternas e doces são tuas mãos, vida

que de quando em quando

para o meu deleite

tornam-se em fúria

gosto das tuas marés

baixas e altas

te aceito quando tu minguas

e quando te elevas

nessa alternância tu me prendes sempre

na incerteza de saber o mais além

o que será que me espera vida

nessa manhã de teu renascimento

em qual dos ciclos estarás vida

se na tua preamar eu me deito

levanto no inexorável infinito

de tuas ânsias

deixo-me

carrega-me

leva-me na tua bruma

Cacau Segobia
Enviado por Cacau Segobia em 16/12/2008
Código do texto: T1337931
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