Primavera
Primavera
De todas as maneiras queres me apossar
Como se já não soubesse que és o sangue,
O veneno que corre em minhas veias plácidas
Que como a noite ao dia desfalecem...
Tua voz aos meus ouvidos é sacramento,
Solo de saxofone à meia noite lua cheia,
Abrigo que dilacera em plena primavera
A alma cheia de feridas e pétalas florais.
Olhar de espelho que distorce a imagem
Afogada em lágrimas cândidas que insistem
diante de ti cair como estrelas cadentes
Durante um céu de tempestade e vidro;
É fogo que consome o espirito e a lira,
O redemoinho na mente insone da madrugada,
O maldizer e o bem querer nos lábios do
Viajante... A pétala de sakura a voar.
(Mas uma coisa fica em meus olhos,
evidentemente quando diz que ama...)