A M O R E S

Falo de meus amores,

Daqueles que não gozei

E são tantos os amores

Que não os tive, mas que desejei,

E ainda, inutilmente, insiste em mim

Aquele amor, que em uma noite

Em sonhos, eu encontrei,

E é por ele justamente, que de viver eu deixei.

Conquistei muitos amores, perdi-os,

Tive algum dinheiro, esvaiu-se,

E mesmo perdendo, pobrezinho,

Reconquistei amores em meus amores.

Mas o que mais me deixa magoado

E para sempre o meu peito marcado,

Foram amores ilusórios, que inventei,

Pois tentei transferir para ti “ siataél”

Este doce amor, bem igualzinho

Conforme um dia sonhei!!!

Adorei e vivi intensamente em todos estes amores

Mas sei que nenhum foi propriamente meu,

E trago comigo a bela recordação,

De um amor, que de meus sonhos, reviveu

E simplesmente, por ser um sonho, do nada, não viveu,

Ficando vagamente, apenas a lembrança

Daquilo, que do nada, não aconteceu.

Mas que deixou uma tenua esperança

Que fortemente em meu peito nasceu

Porque vives aqui, e já confirmei

Que andas pela cidade a me buscar!

E eu, por que não lhe procuro

Por que, por quê? Eu juro que não sei!!

Talvez, seja o medo de descobrir

Que mesmo em meus sonhos, outra vez, me enganei!!!...

Elio Moreira

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 05/12/2008
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