A M O R E S
Falo de meus amores,
Daqueles que não gozei
E são tantos os amores
Que não os tive, mas que desejei,
E ainda, inutilmente, insiste em mim
Aquele amor, que em uma noite
Em sonhos, eu encontrei,
E é por ele justamente, que de viver eu deixei.
Conquistei muitos amores, perdi-os,
Tive algum dinheiro, esvaiu-se,
E mesmo perdendo, pobrezinho,
Reconquistei amores em meus amores.
Mas o que mais me deixa magoado
E para sempre o meu peito marcado,
Foram amores ilusórios, que inventei,
Pois tentei transferir para ti “ siataél”
Este doce amor, bem igualzinho
Conforme um dia sonhei!!!
Adorei e vivi intensamente em todos estes amores
Mas sei que nenhum foi propriamente meu,
E trago comigo a bela recordação,
De um amor, que de meus sonhos, reviveu
E simplesmente, por ser um sonho, do nada, não viveu,
Ficando vagamente, apenas a lembrança
Daquilo, que do nada, não aconteceu.
Mas que deixou uma tenua esperança
Que fortemente em meu peito nasceu
Porque vives aqui, e já confirmei
Que andas pela cidade a me buscar!
E eu, por que não lhe procuro
Por que, por quê? Eu juro que não sei!!
Talvez, seja o medo de descobrir
Que mesmo em meus sonhos, outra vez, me enganei!!!...
Elio Moreira