Olhar
Meu coração a disparar toda vez que me cobre os vossos olhos
Sinto a ternura do desejo ardente a me despir
O meu sentido aflora e sem que eu perceba os cheiros inodoros
O seu perfume lança a doce fragrância que sinto a sorrir
O teu olhar me queima, me leva a loucura de poder consentir
E a suave veemência desses tépidos olhos faz-me permitir
A agressão solene, ao mesmo tempo pueril do saber te pedir
Que não deixes nunca essa alma moribunda que depende de ti.