Eis-me aqui, sempre e para sempre, sua!
Eis-me aqui,
Completamente despida de vaidades,
Em busca do elo que nos uniu,
Esperando dos teu lábios apenas verdades,
Vendo as marcas da estrela que caiu.
E andar nos céus eu estava,
Onde por vezes recebia teu enlêvo,
Dizias que de mim muito gostava,
E eu decorei na ponta dos dedos, teu relêvo.
Eis-me aqui,
A menina do poeta,
À espera do que me trouxer,
Sou a mulher por ti descoberta,
A sereia-borboleta-flôr, o que quizer.
Eis-me aqui,
Pólo reverso do hemisfério lúdico,
Metáfora desaforada da loucura,
Controvérsia da verdade de um momento púdico,
Maestra da orquestra que a ti inspira ternura.
Sobre a pele suave tecido,
Na boca o gosto a ser provado
Elementos para teu pleno extâse, querido.
Dama das letras, doce pecado.
Eis-me aqui,
Encostada na pedra na beira do cais,
Vento açoitando meu cabelos loucamente,
Vontades que não passam mais,
Certeza de uma amar completamente.
E por aí, vão ficando no ar meus desejos,
A marola e a ventania irão te tocar,
Entregando minhas falas e beijos,
Entregando à ti meu último amar.
Eis-me aqui, sempre e para sempre sua
"Que suas dúvidas não sejam mais absolutas do que o que sinto, e te permitam vislumbrar o que sua poetisa sente, em definitivo".