Eis-me aqui, sempre e para sempre, sua!

Eis-me aqui,

Completamente despida de vaidades,

Em busca do elo que nos uniu,

Esperando dos teu lábios apenas verdades,

Vendo as marcas da estrela que caiu.

E andar nos céus eu estava,

Onde por vezes recebia teu enlêvo,

Dizias que de mim muito gostava,

E eu decorei na ponta dos dedos, teu relêvo.

Eis-me aqui,

A menina do poeta,

À espera do que me trouxer,

Sou a mulher por ti descoberta,

A sereia-borboleta-flôr, o que quizer.

Eis-me aqui,

Pólo reverso do hemisfério lúdico,

Metáfora desaforada da loucura,

Controvérsia da verdade de um momento púdico,

Maestra da orquestra que a ti inspira ternura.

Sobre a pele suave tecido,

Na boca o gosto a ser provado

Elementos para teu pleno extâse, querido.

Dama das letras, doce pecado.

Eis-me aqui,

Encostada na pedra na beira do cais,

Vento açoitando meu cabelos loucamente,

Vontades que não passam mais,

Certeza de uma amar completamente.

E por aí, vão ficando no ar meus desejos,

A marola e a ventania irão te tocar,

Entregando minhas falas e beijos,

Entregando à ti meu último amar.

Eis-me aqui, sempre e para sempre sua

"Que suas dúvidas não sejam mais absolutas do que o que sinto, e te permitam vislumbrar o que sua poetisa sente, em definitivo".

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 30/11/2008
Reeditado em 30/11/2008
Código do texto: T1311716
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