Na corda bamba da vida
É como andar em corda bamba
De repente minha doce alegria
Torna triste esta minha poesia
E nesse tom lúgubre descamba
Meus sentidos sintonizam os teus
Em teus olhos vejo o vazio dos meus
Em tua aflição perecem meus dons
Tua dor em minha alma faz morada
Sofro por sentir o teu sofrer
Choro por dentro quando sorrio
Mas não deixo jamais de te sorrir
Como se com o meu sorriso triste
Tuas lagrimas pudessem conter
Cada gota do meu sangue frio
Fervilha impaciente nas veias
O homem feito de rocha vê em mim
Se desmancha todo longe de você
Como duna de areia ao sopro do vento
Minha garra agora enfraquecida
Ora a Deus misericórdia
Nada posso contra o destino
Sou o malabarista das noites
Entre os sonhos e pesadelos teus.