Você
Primeiramente, para evitar novos rumores sobre a causa desse poema, gostaria de informá-los que não foi escrito para ninguém e é fruto de um típico sábado à noite de sentimentos estranhos. Nada mais.
Não sei como devo começar
Muito menos o que dizer.
Eu queria poder te contar
Mas isso não me atrevo a fazer.
Por isso, mais uma vez, recorro a um papel
Pra tentar expor o que minha boca evita.
Ela ainda sente o gosto do fel
Principalmente quando recua e se limita.
Você é uma das minhas razões
A resposta que sempre procurei.
Faz-me sentir certas emoções,
Coisas que jamais entenderei.
Se paciência não fosse minha virtude
Já tinha te perdido há tempo.
Mas a tentativa tem de ser amiúde
Para ver se consigo calar meu sofrimento.
Sempre estive na primeira fila de sua platéia
Pra ver se, de perto, conseguiria te ver.
Acho que você nunca fez idéia
De que sempre foi a razão do meu viver.
É melhor que depois que isso passar
Você não pare e continue caminhando.
Mas quando olhar pro lado, você verá
Que eu sempre estive aqui te esperando.