RAINHA
R A I N H A
Por uma noite interminável sonhei-te minha,
Apaixonada e ardente rainha,
Você estava carente de um amor insaciável,
E seu corpo ardia trêmulo e fremente.
Fascinado beijei-te docemente,
Antegozando ao gozo imaginável,
Senti seu corpo bastante presente,
E me fiz leve e imponderável.
Depois... depois o amor floriu,
Integrando pelo êxtase sensual,
Dois corpos nus e uma alma febril,
Que se deleitava mesmo não sendo real.
Acordo e não te vejo perto,
Meu quarto se mantém silencioso e vazio,
Recordando os horrores do deserto,
Deixando meu corpo com calafrio.
O dia amanheceu e eu fiquei no pranto,
Lamentando a visão que se perdeu,
Não tenho mais voce em meu canto,
Para explicar o que aconteceu.