O AMOR NA RAZÃO

O amor é o pensamento sentindo,

É a razão chorando...

Amar é fazer; não é sentir!

Amar é não ser perverso,

É não ser traiçoeiro,

É não ser mau...

Amar é trabalhar o instinto

com a mente guiada para a harmonia dos corpos.

A vontade de querer está junto,

De pensar no amado toda hora,

A saudade em demasia...

Nada disso é amor

Se se sente tudo isso,

Mas se é covarde na ausência

A quem tu dizes que ama.

Amar é expulsar o contaminado,

É não querer o vício...

Amar é não ser pervertido.

Amar é expulsar os defeitos

Que o corpo tanta deseja.

O amor não precisa de palavras bonitas;

Precisa de atos não escarnecedores!

O amor não te desperta o sentir;

Te desperta a não covardia.

Se és um covarde, não és digno de amar!

Se ages com covardia, de ti o amor não precisa!

Não adianta dar flores se fazes

A pessoa amada sentir o cheiro do podre...

Não adianta tuas pernas bambear na presença

De quem tu dizes amar, se na ausência

Tuas pernas correm para trair...

Não adianta sentir saudades, jurar amor,

Se não consegues vencer teu instinto!

O amor quer tudo que for nobre...

Permite tudo que eleva – seja a alma,

Seja o corpo – nada podre o amor quer.

Amar é se apaixonar com a mente.

O amor despreza toda forma de escárnio.

O amor não aceita zombaria.

Manel Clélio (Kekel)
Enviado por Manel Clélio (Kekel) em 13/11/2008
Reeditado em 14/02/2009
Código do texto: T1281353
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