O AMOR NA RAZÃO
O amor é o pensamento sentindo,
É a razão chorando...
Amar é fazer; não é sentir!
Amar é não ser perverso,
É não ser traiçoeiro,
É não ser mau...
Amar é trabalhar o instinto
com a mente guiada para a harmonia dos corpos.
A vontade de querer está junto,
De pensar no amado toda hora,
A saudade em demasia...
Nada disso é amor
Se se sente tudo isso,
Mas se é covarde na ausência
A quem tu dizes que ama.
Amar é expulsar o contaminado,
É não querer o vício...
Amar é não ser pervertido.
Amar é expulsar os defeitos
Que o corpo tanta deseja.
O amor não precisa de palavras bonitas;
Precisa de atos não escarnecedores!
O amor não te desperta o sentir;
Te desperta a não covardia.
Se és um covarde, não és digno de amar!
Se ages com covardia, de ti o amor não precisa!
Não adianta dar flores se fazes
A pessoa amada sentir o cheiro do podre...
Não adianta tuas pernas bambear na presença
De quem tu dizes amar, se na ausência
Tuas pernas correm para trair...
Não adianta sentir saudades, jurar amor,
Se não consegues vencer teu instinto!
O amor quer tudo que for nobre...
Permite tudo que eleva – seja a alma,
Seja o corpo – nada podre o amor quer.
Amar é se apaixonar com a mente.
O amor despreza toda forma de escárnio.
O amor não aceita zombaria.