Viraste a porta

Viraste a porta antes que a manhã chegasse

já não suportas ouvir minha voz e meus apelos de cotovia

todos os dias me matas

e depois me ressuscitas com técnica e arte

para matar-me novamente no raiar do dia

Por muito saber de tua alma

foges

mesmo que a minha mão não te alcance um palmo

De que tem medo, oh meu amado

que mal tenho em querer-te

e desejar beber de tua boca o vinho e o nada?

Segues, ébrio de meus desejos

e de palavras

palavras, ora, são apenas palavras

esfumaçam ao vento...

mas o desejo...

Cacau Segobia
Enviado por Cacau Segobia em 09/11/2008
Reeditado em 09/11/2008
Código do texto: T1274580
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