ImuneImunidade
Anna Paes
(Minhas lágrimas de outrora.
Perdidas nas fímbrias de teu manto, esgotaram-se.
Olho-te porque és meu prazer e minha luz
Porque és o facho de luz translúcida que meu ser todo ilumina
Quisera poder escrever-te claramente, para que entendas afinal,
que és meu bem querer- Anna Paes)
Quando o vento pulou minha janela
E espalhou meus desejos no lençol
Percebi que já não estava mais imune,
Aos olhos que nos sonhos me fitavam.
E eu, que dizia não sonhar,
Me pus a sorrir imaginando versos,
Sentia que a antiga imunidade se desfazia
Em névoa plúmbea pelo quarto.
Me envolvi na magia do momento,
Me perdi em doces devaneios
E feliz me entreguei tão vulnerável
À lembrança de seus versos,
de seus olhos, de seus beijos.
Anna Paes
22/02/2005
14:51hs