Lis das lagoas.
Posso caminhar pela água do violão...
A batucar o peito e na palma da mão
Meu coração ouve a circulação nas noites
Pois quando nos levou perdi a própria prova de chão.
Lanço o corpo no papel, canto e peço você
Cadê Lis das lagoas que levou a única impressão...
A carne em vão cai, se quebra na sinuosa casa,
Percepção chora, enche meus olhos de nem sei.
O dia passa querendo não terminar
Quando o samba chega traz a sua voz,
A dizer que foi eu que variei.
Sofrimento que lança minha alma...
A mais um entardecer azul com rosa,
Sua prosa faz falta na minha cidade,
Que conjuga a serra e o mar numa felicidade aurora.
A chuva e o chão, o calor e o vento em breve agora,
Natureza cobra sem emissão de nota e de remorso:
As inglórias que não esqueceremos no tempo sem volta.
E ao ver a lagoa verde com seu escudo protetor.
Mãe Oxum trouxe o ouro do poder na forma de amor,
Para transformar o mal em benefício aquático
Momento em que o simples é de fato redentor.