Lis das lagoas.

Posso caminhar pela água do violão...

A batucar o peito e na palma da mão

Meu coração ouve a circulação nas noites

Pois quando nos levou perdi a própria prova de chão.

Lanço o corpo no papel, canto e peço você

Cadê Lis das lagoas que levou a única impressão...

A carne em vão cai, se quebra na sinuosa casa,

Percepção chora, enche meus olhos de nem sei.

O dia passa querendo não terminar

Quando o samba chega traz a sua voz,

A dizer que foi eu que variei.

Sofrimento que lança minha alma...

A mais um entardecer azul com rosa,

Sua prosa faz falta na minha cidade,

Que conjuga a serra e o mar numa felicidade aurora.

A chuva e o chão, o calor e o vento em breve agora,

Natureza cobra sem emissão de nota e de remorso:

As inglórias que não esqueceremos no tempo sem volta.

E ao ver a lagoa verde com seu escudo protetor.

Mãe Oxum trouxe o ouro do poder na forma de amor,

Para transformar o mal em benefício aquático

Momento em que o simples é de fato redentor.

Igor Stefano
Enviado por Igor Stefano em 06/11/2008
Código do texto: T1269148