Instinto
Olhos que me miram,
Em meio a noite quente...
Sorriso franco,
Na boca ardente,
Que procura a minha,
Para beijar...
Minha pele sob tuas mãos,
Tua pele sob as minhas...
Sem pressa,
Me acarinhas...
Me fazes me entregar.
A noite é longa,
O dia nunca vai chegar...
Ao menos não antes da hora.
Os corpos se colam,
Sem demora...
As bocas ficam a se encontrar.
Línguas rosadas a duelar,
Unhas que se enterram na carne amada...
Pela ânsia do encontro,
A pele arranhada...
Não por maldade,
Mas pelo instinto a ditar.
Corpo com corpo,
A se complementar,
Em entrega ora doce,
Ora voraz...
Até que o infinito
Se tornará incapaz
De explicar o grito selvagem
Que se dispersará na aragem
Quando o clímax desse encontro de amor chegar.