Teimosa

Desisto! Chega de tentar convencer minha alma

de que és uma invenção da minha mente,

fruto de acasos, reveses, escolhas,

sob o severo signo da carência.

— Por quê?!

— Não sei... não sei... não sei...

Alma teimosa! Tantas vezes — ad infinitum! —

a mesma história, o mesmo refrão, já repeti:

— Mais provável o sol nascer

no poente do que eu te ver

raiar na aurora do meu dia!

— São tão impertinentes essas almas... tão rebeldes...