Ama-se a velocidade de Pegasus
Por que tem sempre que ser assim...
Esse amor tórrido, exorbitante
A velocidade de Pegasus...
Atiram-se flerpas excessivas
Palavras inflamadas exorbitantes
Encharcam-se de insultos módicos
Como serem mal amados.
Extasiam-se em luta travada
E como opostos se isolam
Cada um virado em seu colchão solitário...
e na escuridão do quarto fúnebre
vivenciam a dor em dilacerado caos...
toca então o coração de remorso
toca a vontade que o celular tocasse
toca o desejo de morrer de amor
toca a sinfonia tirânica de ser abandonado...
rolam então as lágrimas cásticas
rolam então a amarga supremacia...
rolam-se entre si em lembranças
de noites vividas de amor maravilhados.
E assim querendo ser baluarte
Deitam-se afogados em iras...
até que despertem e culpados
queiram corrigir o que na verdade não preferiam...
Aflora-se para um momento de consciência
Ligam-se ao mesmo tempo em sinal de ocupados...
Caem-se as máscaras enfadonhas,
Caem-se arrependidos em abraços...
Caem-se em tiranas vontades corpóreas
De pra si, só pra si amarem-se em velocidade.
Descortinam-se de amor, sublime amor...
Arrependidos pelo tempo desperdiçado
Amam-se mesmo ali, tórridos
Para sentirem-se aliviados...
Porque tem mesmo que ser assim...
Amor tórrido, descomedido, remoto
A velocidade de Pegasus, cavalo
alado
ao lado
lado a lado...