Marcha I

Questiono, meia-noite, a bela Lua

Nas andanças pela rua,

Onde você pode estar.

No sofrimento que se perpetua,

A angústia é dama nua

Ao peito dilacerar.

Simplório é o peito, na andança

Acalanto de criança

Que na fonte há de ser a inspiração

Pois espera,

Da pantera,

A garra que irá tomar seu coração.

Em compaixão a Lua então espelha,

Numa dourada centelha,

O teu esperado olhar.

A Solidão insiste em minha orelha,

Teu canto então pentelha

A mente a devanear.

A noite, cor de sable, é eterna,

Com sua Lua materna

Guia o filho a marchar.

Rumo à bela,

Sua donzela,

A musa que Eien há de eternizar.