Palidez
Perco o rumo das palavras,
Já não encontro o caminho dos teus olhos
Pereço trancada entre quatro paredes
Mergulhada na escuridão
Do medo que me tomou,
Pouco a pouco em segredo.
As linhas paralelas que
Um dia estive seguindo
Contorcem-se como
Uma dor que afeta nossos órgãos,
Meus músculos se atrofiam pouco a pouco
E dessa forma vou perdendo os sentidos.
Já não escuto mais,
Minha mente tornou-se fútil
Só obedece ao comando
De sua voz.
Já não pego em um lápis,
Não escrevo mais,
Minhas mãos parecem bússola
Guiando-me á caminhos
Onde possas estar.
Já não consigo demonstrar
Som em minha voz,
Que raramente,
Sai de minha boca,
A perplexidade já tomou meus dias
E me persegue a cada segundo em vão.
Não consigo encontrar o caminho certo
Para simplesmente descobrir o caminho,
De algo ou alguém
Tento de tudo,
Já bati na porta da morte,
Para obter respostas
Mas, ela simplesmente me expulsou,
Com sua sutil delicadeza.
Na vida me entrego á ruínas,
As quais me tornei, e ,
Aos buracos, em que me enterrei lentamente
Ao longo de meu caminho.
Já não tento desviar,
Procuro cair, sentir,
O chão de perto
E perceber assim,
Aquilo em que me tornei.
Sem razão, sem emoção,
Sem sentimentos,
Simplesmente imóvel,
Onde todos são superiores,
Onde tudo sempre fica por cima,
De mim.