SEGUINDO O CONSELHO DO POETA
Estou tentando cuidar do meu jardim,
Arrancando os matinhos, arando bem,
Por ora, está meio difícil, mas quem sabe assim
Consigo exorcizar os bichinhos nocivos também
Incrível como consegui deixar,
Meu jardim interior sem os devidos cuidados,
Sem semear, sem podar as plantas, sem regar,
Totalmente desleixado, à própria sorte, abandonado...
Permiti que o mato crescesse ao redor
E me dediquei a uma única plantinha
Cuidei com extremo zelo, dei todo o meu amor
E esqueci das outras, como se fossem ervas daninhas
Mas essa planta, nunca me deu reciprocidade,
Não floresceu, não deu frutos, nem ficou esplendorosa
Cheguei então à conclusão de uma grande verdade:
Ela era apenas e tão somente, uma erva venenosa
Hoje, sigo à risca o conselho do poeta Quintana
Deixei de correr atrás das borboletas e amores,
Cuido das terras férteis do meu jardim, com gana,
E que as borboletas e o amor venham, sem causar dores!
14.01.2006
Vitória-ES