QUANDO O HOMEM AMAR VERDADEIRAMENTE
A todos os Mestres para que
Divulguem em suas Escolas
Faculdades e Universidades
Este poema. Nossos aplausos.
As brumas encobrem o azul do céu
E no firmamento a zoeira do trovão,
Jorram as densas lágrimas em filetes,
Desfazendo-se logo ao tocar o chão.
Chora copiosamente a mãe natureza,
Com suas lágrimas, limpa impurezas,
Da terra, da alma e do nosso coração.
Eu sabia ser tu oh! Grande mestra,
Vir ao homem presunçoso ensinar,
Com a força do vento, água azul
No revolto, bravio oh! Imenso mar.
Não haverá anteparo para o homem,
As forças vêm do alto e consomem,
O que pensa o homem em guardar.
Mas o homem de espírito renitente,
Na cumbuca põe sempre a sua mão,
Tenta mudar o que a natureza fez,
Sem medir o retorno de sua reação,
A temperatura continua aumentando,
Nossas matas o homem derrubando,
Pouco a pouco vai parando o coração.
Pulsando cada vez mais lentamente,
O verde e a água, que cobrem a terra,
A vida aqui depende dessa mistura,
Mas a natureza quando atira não erra,
Em seu caminho ficam as marcas,
Sobres os mares e rios as ressacas
Nos escombros, sombras e quimera.
No estreito horizonte desse homem,
Ao inevitável limite sempre alcança,
Varrendo vidas da terra, pelas vidas,
Quem assim não pensa, desesperança,
Em ver o homem preservar as vidas,
Ao fim de tudo, tarefas cumpridas,
Deixar a água e o verde em bonança.
O homem pelos seus feitos, contrito,
Natureza exuberante ao léu pro vento,
Os mares, os rios, as matas e as vidas,
Encontrarão nesse tempo mais alento,
Na história nomes serão lembrados,
Passando o homem a ter mais cuidados,
Tirar da terra, com prazer o seu sustento.
Rio, 15 de outubro de 2008
Feitosa dos Santos