INCOMPARÁVEL PRAZER
Quando te olho eu te fulmino com propostas;
Após passares o mesmo olhar te queima as costas, e teu pensar esquece as rédeas;
Discurso claro e sem médias, a seduzir e induzir respostas;
Dando óbvias amostras, que te preparo sensações inéditas!
Eu não pretendo abdicar de ser intenso;
E o ato nosso que tanto penso, seria de histórica proporção;
Desafiante sensação a percorrer alamedas de ardor imenso;
Cujo êxito pretenso é te açoitar com delirante excitação!
E todos os abraços do passado serão um fútil relembrar;
Pois vou te visitar sem desconsiderar nenhum de teus mistérios;
Fazer de teus segredos meus impérios, quebrar os códigos de teu delirar;
Mal te permitindo respirar, inebriando teu paladar com sabores etéreos!
Mas se depois do auge avassalador, algum vigor te sobreviver;
Nos teus hídricos lábios vou escrever um dialeto além da tradução;
Pra que em silenciosa recordação teu ser não te permita me esquecer;
Pois se outro cúmplice comparecer, há de ser por falta de opção!