INCOMPARÁVEL PRAZER

Quando te olho eu te fulmino com propostas;

Após passares o mesmo olhar te queima as costas, e teu pensar esquece as rédeas;

Discurso claro e sem médias, a seduzir e induzir respostas;

Dando óbvias amostras, que te preparo sensações inéditas!

Eu não pretendo abdicar de ser intenso;

E o ato nosso que tanto penso, seria de histórica proporção;

Desafiante sensação a percorrer alamedas de ardor imenso;

Cujo êxito pretenso é te açoitar com delirante excitação!

E todos os abraços do passado serão um fútil relembrar;

Pois vou te visitar sem desconsiderar nenhum de teus mistérios;

Fazer de teus segredos meus impérios, quebrar os códigos de teu delirar;

Mal te permitindo respirar, inebriando teu paladar com sabores etéreos!

Mas se depois do auge avassalador, algum vigor te sobreviver;

Nos teus hídricos lábios vou escrever um dialeto além da tradução;

Pra que em silenciosa recordação teu ser não te permita me esquecer;

Pois se outro cúmplice comparecer, há de ser por falta de opção!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 15/10/2008
Código do texto: T1229731
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