NA LUTA QUE PERDI
Traço em mim riscos de farpas,
Sinais de dor e solidão.
Com medo escondo nas matas,
Os espinhos que ferem o meu coração.
Maquio-me com o vento frio,
Cubro-me com o véu da lua,
Vejo-me no espelho do rio,
E sacio minha sede na mata nua.
Índios de uma tribo até me convidaram,
Mas, eu não quis participar,
Seus olhos famintos não me agradaram,
E continuei a garimpar.
Encontrei um tesouro brando de amor,
Era você, que queria da tribo fugir, seguir a trilha.
Encarei todos os índios com fúria e sem clamor,
Mas ao deparar com o mar percebi, que estava numa ilha.