Restos de Cinzas
A tarde surgia nas luzes da ribalta
Apagaram-se os matizes das manhãs,
Morre o mistério das neblinas nos mosteiros
Onde os lírios emudecem os cantos
Olhei os restos das minhas cinzas...
Meu coração afogava-se nas doces caricias
Que já foram minhas, foram tuas
Juntei os pedaços dentro de mim, eram tantos!
Roubei a paciência das árvores, e uni
Os frangalhos com as vozes dos lamentos
No feitiço da noite, despertando o brilho do sol
Que aquecia teus murmúrios
Nada restou, somente o silencio,
fresco das telas pintadas de poemas,
O mormaço nos abrolhos, a lágrimas
Dos teus olhos, nossas lembranças!